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Exposição Virtual de Fotografias: As Cores da Agrobiodiversidade

 
Exposição dedicada aos trabalhos do NEABio

O milho doce do Extremo Oeste Catarinense

Por Rosenilda de Souza*

 

 

O milho doce é uma hortaliça cultivada para o consumo in natura, na forma de milho verde, por apresentar maiores teores de açúcar. Nos municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina, variedades crioulas deste tipo de milho são cultivadas por agricultores familiares para o autoconsumo familiar. Nesses municípios foram identificadas 19 variedades classificadas como milho doce e 10 como milho adocicado, por meio de entrevistas realizadas com mantenedores. Tais variedades estão sendo conservadas em pequenas propriedades rurais, cultivadas em sistemas tradicionais, com reduzida utilização de equipamentos agrícolas e limitado consumo de insumos externos. Os mantenedores indicaram como principais usos e preferências dessas variedades o consumo como milho verde, o sabor doce e a maciez das variedades.  É importante destacar que o cultivo, o manejo e a seleção das variedades crioulas de milho doce e adocicado são realizados, em 62% dos casos, por mulheres.

 

A pesquisa realizada pelo NEABio confirmou que os municípios de Anchieta e Guaraciaba apresentam um número significativo de variedades crioulas de milho doce. No entanto, a análise sociocultural e de manejo dos mantenedores demonstrou que as variedades se encontram em constante ameaça de erosão. Dessa forma, faz-se necessário a inclusão desses municípios em estratégias de conservação in situ-on farm, paralelamente à conservação ex situ, a fim de diminuir os riscos iminentes de perda de variedades. A caracterização de 21 variedades de milho doce e adocicado coletadas nos municípios de Anchieta e Guaraciaba, desenvolvida pelo NEABio, tem por objetivo a estruturação de um programa de melhoramento participativo de milho doce ajustado às demandas de agricultores tradicionais e aos agroecosssitemas do Oeste catarinense. A conservação pelo uso e valorização desses materiais, importante para a independência financeira dos agricultores mantenedores de germoplasma local de milho doce, poderá ainda agregar valor econômico e cultural a estes recursos genéticos.

 

 

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                                              * Rosenilda de Souza é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais e integrante do NEABio.

 

 

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